A brasileira Bamin prevê investir 4 bilhões de reais em cinco anos para ampliar a capacidade de produção de sua mina Pedra de Ferro, que iniciou operação comercial em janeiro e promete transformar a Bahia no terceiro maior Estado produtor de minério de ferro do Brasil, disse o CEO à Reuters. Atualmente, a mina tem capacidade para produzir 2 milhões de toneladas por ano e deve extrair metade disso em 2021. Com o aporte planejado, que será empenhado principalmente na estrutura de mina, planta de beneficiamento e barragem, o plano é atingir 18 milhões de toneladas de capacidade em cinco anos, tempo também necessário para a construção da infraestrutura para escoamento do volume maior. O projeto completo da Bamin –empresa controlada pelo Eurasian Resources Group, do Cazaquistão – contará com a conclusão do Porto Sul, em Ilhéus (BA), e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), cujo trecho que transportará o produto da Bamin será leiloado em 8 de abril. O complexo portuário do Porto Sul receberá aporte de mais e será operado pela companhia, em parceria com o Estado da Bahia. “Esse projeto tem um potencial de geração de empregos muito importante e deverá tornar a Bahia no terceiro maior Estado produtor de minério de ferro”, disse Eduardo Ledsham, CEO da Bamin, em uma entrevista por videoconferência. O primeiro embarque do ano já ocorreu, e no primeiro trimestre as vendas serão direcionadas para o mercado interno. A comercialização para o mercado externo está prevista para partir de abril, de acordo com a companhia. A comercialização de minério em escala reduzida e destinada ao mercado interno utiliza o modal rodoviário, que leva o minério da mina até o terminal próprio no município de Licínio de Almeida, e ferroviário (via ferrovia da VLI), por onde segue até seu o destino.
Nas vendas para o mercado externo, também será utilizado o modal marítimo, no qual a empresa tem como opções os portos baianos de Enseada e Aratu, além de portos em outros Estados.