Dívida pública brasileira ultrapassa R$ 9,9 trilhões e acende alerta fiscal
Especialistas lembram que, embora o percentual esteja abaixo do pico da pandemia, quando chegou a 87,6% do PIB em 2020, o Brasil ainda figura entre os países emergentes com maior endividamento. Relatórios internacionais apontam que o país também apresenta um dos maiores déficits nominais do mundo, estimado em 8,6% do PIB em 2025.
Estrutura da dívida
Grande parte da dívida é composta por títulos públicos corrigidos pela taxa Selic. Isso significa que, em períodos de juros elevados, o custo para o governo aumenta significativamente. Para reduzir gastos imediatos, o Tesouro tem emitido papéis de vencimento mais curto, mas essa estratégia aumenta a vulnerabilidade a mudanças bruscas no mercado.
Riscos e desafios
Custo dos juros: cada ponto percentual de aumento na Selic eleva bilhões em despesas.
Prazo curto dos títulos: maior risco de refinanciamento em momentos de instabilidade.
Pressão fiscal: necessidade de ajuste nas despesas e melhora da arrecadação para conter avanço da dívida.
Perspectivas
O governo aposta no novo arcabouço fiscal para dar previsibilidade e tentar estabilizar a trajetória da dívida. No entanto, analistas alertam que sem medidas mais duras de controle de gastos e estímulo ao crescimento econômico, o endividamento continuará crescendo.
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